Alice Herz-Sommer – 26/11/1903 – 23/02/2014

  • Fofocas Musicais
  • Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 15:47
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:23
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MÚSICA – bálsamo na guerra II
Aquela judia que foi salva por tocar piano!

Alice Herz-Sommer, uma pianista de renome, que se acreditava ter sido a sobrevivente mais antiga do mundo do Holocausto. Morreu em Londres com a idade de 110 anos. Sua educação musical formal começou aos  cinco anos e ela teve aulas de piano com Conrad Ansorge, um aluno de Franz Liszt.

Leopold Sommer, seu marido, também foi um músico, em 1931 e se casou com ele.

O casal e seu filho, Rafael, foram enviados de Praga em 1943 para um acampamento na cidade checa Theresienstadt  onde os presos foram autorizados a organizar concertos na qual ela sempre liderava e se sobressaía. (35.000 prisioneiros morreram neste campo onde ela ficou por 2 anos).

 Ela nunca viu o marido novamente depois que ele foi transferido para Auschwitz em 1944 e muitos em sua família  e da maioria dos amigos que ela tinha foram perdidas no Holocausto.

Depois da guerra, ela foi para Israel em 1949, com suas irmãs e ensinou música em Tel Aviv antes de se mudar para Londres, a pedido de seu filho, que tinha crescido para se tornar um violoncelista de concerto, mas que morreu repentinamente em 2001 enquanto estava em turnê.

Ela disse: “As pessoas perguntam: ‘Como você pôde fazer música”? Estávamos tão fracos. Mas a música era especial, como um feitiço, eu diria. Eu dei mais de 150 concertos lá. Havia excelentes músicos lá, realmente excelentes. Violinistas, violoncelistas, cantores,etc.

“Meu temperamento este otimismo e esta disciplina ,pontualmente, às 10h, estou sentada ao piano, com tudo em ordem em torno de mim.”

Ela acrescentou: “Eu estou olhando para as coisas boas na vida eu sei sobre as coisas ruins, mas eu olhar apenas para as coisas boas.

“O mundo é maravilhoso, é cheio de beleza e cheio de milagres. O nosso cérebro, a memória, como é que funciona? Para não falar de arte e música … É um milagre.”

“Muito tem sido escrito sobre ela, mas para aqueles de nós que a conheciam melhor, ela era a nossa querida ‘Gigi’. Ela nos amou, riu com a gente, e nos acariciava com sua música.

Alice com seu filho
Raphael ao piano. Imagens do
livro O Jardim do Éden no Inferno (Ein Garten Eden inmitten der Holle). Fotografia: Droemer


*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.


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