Algumas dicas para seus animais de estimação viverem mais. Veja aqui

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de junho de 2020 às 20:30
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:47
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Com os cuidados certos, você pode melhorar a qualidade – e o tempo – de vida de seus amigos peludos.

Huck é um cachorro de sorte – e velho. A maioria dos labradores chega aos 12 anos, mas, com 15, Huck viveu 25% mais do que a média dos animais de estimação. Se fosse um homem brasileiro médio, com expectativa de vida de 73 anos, ele teria 91.

Qual é o segredo dos animais que vivem mais?

“É uma combinação de coisas, como alimentação nutritiva com vitaminas e óleos, muito amor, atenção e exercícios”, diz Henry Uman, o dono de Huck, sobre seu segredo.

Ele também nunca fica sozinho e está sempre, pelo menos, com um de seus três irmãos caninos ou um membro da família humana.

Segundo o último levantamento do IBGE, 62% dos lares brasileiros têm pelo menos um cachorro ou gato. E é seguro dizer que 100% deles gostariam que seu pet tivesse a sorte – e a assistência – de Huck.

Mais do que nunca, os avanços da medicina veterinária tornaram mais fácil aumentar a duração e a qualidade de vida de seu bichinho de estimação.

Alguns procedimentos que hoje são padrão – como a vacinação contra raiva, hepatite e outras doenças – tiveram grande impacto. 

Além disso, há também novas descobertas que ajudam os animais a sobreviver a lesões e doenças que, há poucos anos, encurtariam sua vida.

É o caso de Fridgey, um gato-de-bengala. Pouco depois do primeiro aniversário, Fridgey operou uma fratura no quadril e fez fisioterapia numa esteira d’água. 

Ele se recuperou, mas, sete meses depois, fraturou o outro lado do quadril. Em março de 2018, colocou uma prótese de quadril: foi a primeira vez que os veterinários da Universidade Purdue realizaram o procedimento. Hoje, Fridgey tem uma saúde de ferro.

A conta da assistência médica de Fridgey foi alta: quase 50 mil reais. Mas seus donos acham que valeu a pena.

“Os animais merecem o melhor tratamento que pudermos dar, e jamais aumentaríamos a família sem ter meios para cuidar deles”, diz sua dona. O fato de a família ter feito seguro para os animais ajudou.

É aconselhável investir num seguro para animais? E comida sem glúten? Hoje há muitas opções de saúde e tratamento, e talvez seja difícil achar as que valem mais a pena para seu animal. Por isso, este guia é um bom começo.

1. Atenção ao peso

Estima-se que 60% dos gatos e 56% dos cães estejam gordos ou obesos. Isso pode provocar problemas graves.

O excesso de peso eleva o risco de doenças como diabetes, alguns cânceres e problemas respiratórios, e o aumento da pressão sobre as articulações acelera o surgimento e piora a gravidade da artrite.

Um estudo constatou que estar acima do peso reduzia em 2,5 anos a vida dos cães, quando comparada à de outros caninos com o peso ideal.

Como saber se seu animal precisa perder alguns quilos? Ao olhar seu cão ou gato de cima, você deve ver uma retração distinta na linha da cintura e ser capaz de sentir (mas não ver) as costelas.

Caso ele esteja gordo, algumas mudanças ajudam: caminhar mais alguns quarteirões, limitar as guloseimas e pesar seu animal regularmente.

2. Visite o veterinário

Como nos seres humanos, os exames precoces podem identificar problemas a tempo de assegurar o sucesso no tratamento.

Como os animais de estimação envelhecem mais depressa do que os seres humanos, os casos podem se complicar rapidamente.

Mantenha os tratamentos de rotina, como vacinas e vermífugos, em dia. Ou considere um plano de saúde para cães ou gatos que inclua exames, vacinas, limpeza dos dentes e testes.

3. Não tema o glúten

Os animais de estimação têm exigências nutricionais específicas para manter a saúde – a maioria dos gatos precisa comer carne todo dia para obter proteínas. 

Mas, como no caso dos humanos, o mundo animal tem seu quinhão de modas alimentares, e é melhor ignorar a maioria delas. 

Hoje há muitas rações sem glúten para cães, mas a alergia ao glúten é “raríssima” em animais, de acordo com um relatório publicado pela Universidade Tufts.

4. Faça um plano de exercícios

Os animais precisam de exercício diário para se manterem saudáveis, e um regime formal de atividade física é uma boa ideia. Recomenda-se de meia hora a duas horas diárias de atividades como andar ou correr.

Raças atléticas como os collies e os pastores-alemães precisam de mais exercício, e para cães menores, como os buldogues, um passeio pelo bairro faz bem à saúde.

Você pode incentivar seu gato com uma caneta laser (evite apontá-la para os olhos do animal), brinquedos recheados de erva-dos-gatos ou com poleiros em casa. 

Acredite se quiser: aparelhos com GPS ou Wi-Fi podem acompanhar os passos, a queima de calorias, o ritmo cardíaco e outros indicadores da saúde de seu bichinho.

5. Escove os dentes

68% dos gatos e 76% dos cães têm problemas dentários ligados ao aparecimento de doenças renais e cardíacas.

Para evitar isso, escove diariamente os dentes de seu animal. Não é tão difícil quanto parece! Ajoelhe-se atrás do animal, erga suavemente seus lábios e escove os dentes e gengivas com uma escova própria ou com o dedo e pasta de dentes especial.

(Os cães detestam o gosto de hortelã, e não queremos que engulam pasta com flúor.)

Pelo menos uma vez por ano, faça uma limpeza profissional dos dentes no veterinário.

6. Considere um seguro

Pense no tipo de assistência que você quer oferecer a seu animal. Algumas apólices só cobrem acidentes; outras cobrem tudo, inclusive doenças. Todas têm franquia. Se você quer tudo de bom no tratamento de seu animal, o seguro/plano de saúde pode reduzir a preocupação financeira.

7. Proteja-o de parasitas

Todos os animais de estimação podem ter parasitas e doenças infecciosas. Por exemplo, onde houver mosquitos haverá dirofilariose, verminose que ataca o coração.

Verifique regularmente se seu animal pegou carrapato e peça ao veterinário ferramentas preventivas, como medicamentos e injeções mensais.

8. Pense num exame de DNA

Pode parecer loucura, mas identificar a verdadeira história genética do cão pode protegê-lo de doenças específicas de algumas raças. Por exemplo, os labradores e os pastores-alemães tendem a apresentar displasia do quadril.

Os exames de DNA não são 100% exatos – nem em seres humanos –, mas ajudam a identificar as possíveis raças ancestrais do cão. Converse com o veterinário sobre a realização de um desses testes e peça a indicação de um local de confiança.

9. Ajude-o a envelhecer com saúde

Os gatos se tornam idosos aos 11 ou 14 anos; os cães, por volta dos 7 ou 8 anos. Se seu gato apresentar artrite, use uma caixinha de areia com paredes mais baixas.

A visão de seu bichinho piorou? Ilumine melhor as escadas e os corredores. Finalmente, ponha tapetes no piso escorregadio e instale um portão no alto da escada para prevenir quedas.


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