Alerta: Já são sete o número de mortos pelo vírus da gripe H1N1 em Franca

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  • Publicado em 29 de julho de 2018 às 14:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:54
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Idades dos contaminados pelo vírus variam de 49 a 86 anos; vacinação em Franca ficou abaixo do esperado

Franca entra em estado de alerta no que diz respeito ao vírus da gripe H1N1. É que já são sete casos de mortes confirmadas na cidade, segundo a Vigilância Epidemiológica.

Entre as vítimas, três mulheres de 57, 62 e 49 anos, além de um homem de 60 anos. As outras três vítimas são da região. Uma mulher de 58 anos, natural de Morro Agudo, e mais dois idosos, de 86 anos da cidade de Restinga e outro de 66 anos, de Pedregulho. 

De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Franca, 58 mil pessoas receberam a dose da vacina durante a campanha nacional, o que totaliza 80% do público alvo na cidade. O número ficou abaixo dos 90% previstos pelo Ministério da Saúde.

Ainda em Franca (SP), os grupos prioritários tiveram os respectivos números de doses recebidas. Crianças (62%), gestantes (58%), idosos (87%), trabalhadores da saúde (88%), mulheres pós-parto (90%) e professores (123%). 

NACIONAL

H1N1, subtipo do vírus causador da gripe, foi responsável por 66% das mortes por gripe neste ano no Brasil, mostram dados do Ministério da Saúde. O subtipo também provocou 59,7% dos casos. Ao todo, o Brasil registrou 3.558 infecções e 608 mortes.

O Ministério da Saúde explica que o vírus H1N1 está circulando mais no território brasileiro. A pasta diz ainda que todos os subtipos são igualmente preocupantes, sem uma maior letalidade em nenhum deles.

No ano passado, diz a pasta, o H3N2 foi responsável pelo maior número de casos — o número também é reflexo de uma maior circulação do vírus no território.

Os dados foram registrados entre janeiro e 23 de junho, diz o Ministério da Saúde. O vírus da gripe (o influenza) é dividido em tipos e subtipos. As letras (A e B, por exemplo) referem-se ao tipo, já as formas (H3N2, H1N1) são subtipos.

Veja os óbitos e casos divididos por tipo e subtipo do influenza:

  • H1N1: 2124 casos e 399 mortes;
  • H3N2: 728 casos e 102 mortes;
  • Influenza B: 296 casos e 40 mortes;
  • Influenza A não subtipado: 410 casos e 67 mortes.

Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte das mortes ocorreu em pessoas com doenças que aumentam o risco de complicações do vírus. Muitos eram cardiopatas, tinham diabetes ou já estavam com problemas respiratórios.

A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,29% para cada 100.000 habitantes, informa a pasta.

Como evitar a gripe H1N1?

A prevenção da gripe H1N1 segue as mesmas regras da prevenção de qualquer tipo de gripe, que incluem:

• evitar manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada; 
• lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca;
• sempre que possível, ter um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas;
• manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água;
• não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros; 
• caso haja indicação, utilizar uma máscara para proteger-se de gotículas infectadas que possam estar no ar;
• evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas.

A vacinação é uma estratégia de prevenção da gripe H1N1. Ela é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza reduzindo o risco de formas graves da doença. No geral, a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação e, em média, confere proteção de seis a doze meses, sendo que o pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas da vacinação.

Quais são os sintomas de H1N1?

Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, mas com alguns detalhes específicos. Nota-se também febre repentina e alta (acima de 38°C), dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios, como tosse, também são percebidos. Dependendo do caso, o paciente pode ter ainda diarreia e vômitos.

Durante o socorro, é recomendado que os pacientes que apresentarem tais sintomas recebam máscara cirúrgica para evitar a transmissão do vírus. Pede-se também que a proteção do nariz e da boca durante tosses e espirros seja feita com o antebraço – e não com as mãos, como é de costume.

Os adultos podem transmitir a doença por um período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças contaminadas, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas.


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