Abicalçados revê previsão anterior e espera maior crescimento para este ano

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de setembro de 2019 às 13:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:51
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Agora a entidade faz a projeção de que seja possível alcançar um aumento de cerca de 3% durante este ano

U​m inesperado e excelente resultado no mês de julho (alta de 11,8% na produção) fez o setor calçadista nacional rever para cima suas projeções para 2019. 

Até então, a estimativa da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) era de um crescimento de 1,1% em quantidade de produtos fabricados. 

Agora, o presidente da entidade, Haroldo Ferreira, projeta que seja possível alcançar um aumento de cerca de 3%. Em 2018, a produção foi de 944 milhões de pares.

O recente otimismo do dirigente é baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam que, em julho, houve um incremento de 11,8% na produção de calçados no País, em relação ao mesmo mês no ano passado. 

Com o resultado, o segmento reverteu um quadro negativo na produção e ficou com crescimento de 3,2% no acumulado dos sete primeiros meses do ano. De janeiro a junho, a produção havia caído 1,8% em relação ao mesmo período de 2018.

No varejo, o índice também é positivo. Conforme dados do IBGE, em julho, o incremento nas vendas foi de 6,6% e veio após quatro meses de quedas consecutivas. 

Com o desempenho, no acumulado dos sete meses, o segmento recuperou um quadro negativo e ficou 0,4% positivo. Ferreira admite que os números foram uma grata surpresa.

O presidente da Abicalçados considera que a fabricação de calçados estava represada e, no mês de julho, houve um grande avanço quanto à produção. 

O dirigente projeta que os índices positivos do mercado deverão ser mantidos durante o restante do ano. 

Ferreira conta com a melhora do ambiente econômico e com a liberação do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para confirmar suas projeções.

O bom desempenho em julho teve reflexos na geração de empregos do setor calçadista, embora tímido. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, naquele mês, foram gerados 322 postos na indústria calçadista nacional. 

“O número em si não é tão alto, mas é importante, porque vem depois de três meses consecutivos de quedas, que acumularam a eliminação de mais de 8 mil postos de trabalho”, ressalta Ferreira. 

Com o resultado de julho, o setor chegou a 276.994 postos gerados diretamente, número 3,5% menor do que o registrado no mesmo mês de 2018.

Além de comemorar os recentes resultados, nesta quinta-feira, a Abicalçados promoverá o evento Caminhos para a Indústria 4.0, apresentando casos relativos a esse conceito de maior automação e robotização. 

O encontro, que acontece na sede da entidade, em Novo Hamburgo, contará, ainda, com a apresentação da linha da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Inovacred 4.0, que destinará mais de R$ 200 milhões em financiamentos para inovação com taxas reduzidas, partindo da TJLP (5,95% ao ano) à TJLP 1 (6,95% ao ano).


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