​A produção em Franca continua estagnada, e não se acredita em retomada

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de outubro de 2016 às 17:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:00
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De outubro de 2013 para cá indústria calçadista já acumulou um déficit de 7.369 postos de trabalho

A produção de calçados em Franca continua estagnada e, de modo
geral, os resultados divulgados pelo Ministério do Trabalho mostram que o setor
teve desempenho similar ao de 2015, característico de uma economia em retração.

De
acordo com o levantamento, o saldo do Caged (Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados) – diferença entre admissões e demissões – no mês de setembro
deste ano foi de mais 188 postos de trabalho criados nas indústrias calçadistas
de Franca.

O resultado positivo é 86% maior do que o registrado no mesmo
mês de 2015, que foi de mais 101 vagas.

O
aumento, no entanto, não anima os calçadistas, que ainda acumulam as perdas da
sazonalidade do ano passado.

O presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados
de Franca), José Carlos Brigagão do Couto, explica que é tradicional que no
último trimestre o ritmo de produção diminua por conta da redução no número de
pedidos.

Para não manter funcionários parados, os empresários demitem
parte de seu quadro para recontratação no início do ano seguinte. A prática
também reduziria o passivo trabalhista. 

O
problema, segundo ele, é que essas readmissões têm acontecido em menor
quantidade.

“De outubro de 2013 para cá já acumulamos um déficit de
7.369 postos de trabalho. Só no ano passado foram contratados 1.581
trabalhadores a menos”, disse Brigagão.

E com o período de demissões da sazonalidade já se avizinhando,
o presidente do sindicato declara não estar otimista quanto ao desempenho da
indústria neste fim de ano.

“Nem estamos pensando em crescimento ou retomada. Vamos
torcer para que as fábricas tenham pedidos que possam garantir o funcionamento
das esteiras e a consequente manutenção dos empregos, o que já seria uma grande
vitória”, finalizou.


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