A fantástica jornada de uma câmera fotográfica perdida no mar

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de março de 2018 às 00:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:39
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Crianças de uma escola encontraram em uma praia a câmera em pleno funcionamento, carregada e com fotos

Em uma extraordinária história
de sorte e coincidência, uma câmera perdida no mar por mais de dois anos foi encontrada
e será devolvida à sua dona.

Ela apareceu em uma praia de Taiwan, coberta por
crustáceos e quase irreconhecível – mas, graças a uma capa protetora à prova
d’água, o objeto está funcionando perfeitamente.

A câmera foi encontrada por um grupo de crianças de uma
escola e seu professor, que decidiram se unir para encontrar o dono do item por
meio do Facebook.

Em um dia apenas, a turma atingiu o objetivo. “Eu
não conseguia acreditar”, disse à BBC Serina Tsubakihara, proprietária da
câmera. “Eu fiquei muito surpresa quando meus amigos me falaram sobre isso
e me enviaram a postagem com as fotos”.

A universitária japonesa
estava de férias na ilha de Ishigaki, no Japão, a cerca de 250 km a leste de
Taiwan, quando deixou a câmera cair. “Eu estava praticando mergulho e
perdi a câmera quando um amigo meu ficou sem ar e precisou da minha
ajuda”. 

Odisseia debaixo d’água

Isso aconteceu em setembro de 2015 e, para Tsubakihara, ela
nunca teria o item de volta.

Mas,
protegida por uma capa agora comprovadamente poderosa, a câmera fez sua própria
viagem.

Sua jornada percorreu centenas
de quilômetros, tendo fim em uma praia em Taiwan.

Ali, foi
encontrada pelos estudantes, que participavam de uma atividade de limpeza da
praia. “Um menino de 11 anos encontrou a câmera”, disse o professor
Park Lee.

A caixa protetora da câmera
mais parecia com uma pedra. “Pensávamos que ela estava quebrada, mas, por
acaso, um pedaço de crustáceo caiu e acabou revelando um botão para abrir a
caixa”.

Nenhuma gota de água entrou na
câmera. “Mais incrível ainda, o menino apertou o botão para ligar e a
câmera ainda estava carregada!”.

De volta à escola, Lee e seus
alunos debateram o que fazer com o item. “Algumas crianças acharam que
tínhamos o direito de ficar com a câmera. Outros sugeriram que deveríamos
buscar pelo dono. Todos nos sentamos para pensar sobre isso”.

Lee conta que, inicialmente,
teve dúvidas sobre olhar e postar as fotos que estavam na câmera, mas esta
pareceu a única alternativa para facilitar a localização do proprietário.

Uma vez
que algumas fotos haviam sido tiradas no Japão, a turma imaginou que o dono da
câmera pudesse ser de lá. Assim, eles postaram, na rede social, mensagens em
chinês e japonês.

Em menos
de um dia, a postagem foi compartilhada mais de 10 mil vezes, chegando
finalmente a Tsubakihara. “Eu sou tão sortuda e feliz de ter essa oportunidade
miraculosa de sentir a gentileza das pessoas na minha vida”, comemora a
universitária. “Essas fotos me lembram de memórias antigas, me
transportando a elas”.

A japonesa contou que agora
pretende viajar para Taiwan em junho para agradecer ao professor e seus alunos,
buscando também a sua câmera viajante.