6 grandes empresários que tiveram empregos simples antes de fazer fortuna

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de janeiro de 2020 às 17:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:13
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O InfoMoney listou 6 empreendedores reconhecidos por suas empresas que começaram com empregos simples

Muito antes dos milhões que hoje possuem em suas contas, esses empreendedores começaram suas carreiras com empregos que pagavam algumas centenas de reais. 

O InfoMoney listou seis empreendedores hoje reconhecidos por suas empresas que começaram a carreira com empregos bem simples.

Ari Coser, fundador da Fogo de Chão 

O empresário gaúcho começou sua carreira como garçom em uma pequena churrascaria no Rio Grande do Sul. A experiência despertou em Coser — um garoto de 15 anos, que até então sonhava em entrar para a aeronáutica — o desejo de ter o seu próprio restaurante.

“Numa época, eu comecei a trabalhar como garçom à noite. Toda noite, os gerentes e donos da churrascaria se reuniam para discutir o que tinha acontecido no dia, e eu ficava junto para servi-los. Com isso ia aprendendo tudo que eles faziam no restaurante.”

Coser se tornou um dos empresários de maior destaque do país com a rede de churrascarias Fogo de Chão, que ele fundou ao lado de seu irmão e vendeu por US$ 230 milhões em 2011.

Hoje, Ari Coser administra a rede de churrascarias NB Steak e a de culinária italiana Maremonti.

Daniel Mendez, fundador da Sapore

​Assim como Ari Coser, Daniel Mendez também começou a carreira como garçom, mas no pequeno restaurante de seu pai. Sua família, de nacionalidade uruguaia, se mudou para o interior do Rio Grande do Sul em busca de uma vida melhor.

Durante toda a adolescência, Mendez trabalhava atendendo os clientes do restaurante fundado pelo pai.

“Eu trabalhava sábado, domingo, feriado, enquanto meus amigos estavam brincando e se divertindo. Coloquei na minha cabeça que nunca iria trabalhar com aquilo”, contou Mendez.

Após trabalhar em diferentes setores, Mendez acabou voltando para a gastronomia, dessa vez na parte industrial. 

A Sapore, que ele fundou em 1992, é hoje uma das três maiores companhias do setor de alimentações corporativas no Brasil — competindo com a francesa Sodexo e a GRSA, que pertence ao grupo inglês Compass. 

A empresa faturou R$ 1,7 bilhão em 2018 e atende mais de 1.250 restaurantes.

Sergio Zimerman, fundador da Petz

​No início de sua carreira, após concluir um curso de edificações, Sérgio Zimerman não conseguia arranjar emprego.

Por influência de uma namorada começou sua carreira como animador de festas infantis, mais especificamente fazendo o papel do “palhaço Salsicha”.

“A animação prosperou rapidamente e de repente eu já não estava mais animando festas e sim fazendo a gestão dos negócios”, conta Zimerman.

O empreendedor teria uma serie de negócios antes de fundar o seu maior sucesso: a rede de pet shop Petz. Hoje, o grupo tem mais de 100 lojas espalhadas pelo país — o que faz dele o maior do setor. Em 2018 o faturamento foi de R$ 920 milhões.

Caito Maia, Chilli Beans

​Quando jovem Caito Maia alimentava o sonho de se tornar um grande rockstar. Mas a música não servia para pagar suas contas. A saída encontrada foi a venda de óculos que trazia do exterior.

“Eu era muambeiro mesmo. Trazia óculos do exterior e vendia para amigos e conhecidos. Depois de um tempo, comecei a bater na porta de algumas empresas e uma delas fez uma grande encomenda que me abriu as portas para crescer nisso”, afirma Caito.

Com o pedido, ele criou uma importadora de óculos. A companhia, quebrou, mas serviu como base para a fundação da Chilli Beans, em 1997. Hoje, a empresa fatura mais de R$ 720 milhões ao ano e possui quase 900 lojas espalhadas pelo país.

Janguiê Diniz, da Ser Educacional

Nascido em uma família pobre em uma pequena cidade na Paraíba, Janguiê nunca se conformou com sua situação financeira. Ainda durante a infância começou a trabalhar como engraxate.

“Eu queria dinheiro para ir ao cinema, como via meus amigos fazendo, então comecei a engraxar sapatos”, afirma Janguiê.

Sempre inquieto, o empresário acumularia uma dezena de empregos, como vendedor de picolés e laranjas, locutor de rádio e office boy, antes de fundar sua empresa. A criação da Ser Educacional aconteceria anos depois, em 2003.

Hoje, o grupo de ensino é um dos maiores do país, possui capital aberto e está avaliado em mais de R$ 3,5 bilhões.

Wilson Poit, fundador da Poit Energia

Wilson Poit gosta de contar que, apesar da origem humilde de sua família, seus pais nunca lhe disseram, quando criança, que algo era “impossível” de ser comprado.

“Em vez disso, eles me diziam: ‘vamos ver como você vai fazer pra comprar o que quer’”, afirmou Poit.

Como consequência, ainda durante a infância Poit aprendeu a ganhar o próprio dinheiro. Primeiro, vendendo sorvete na praça da cidade em que morava, no interior de São Paulo. Depois, consertando fogões a gás na vizinhança.

Entre os 28 e os 40 anos, Poit abriu e fechou cinco empresas nos mais variados setores, como uma loja de material de construção, uma transportadora e até um sítio destinado à produção de mangas .

Foi apenas aos 40 anos, em 1999, que o empresário fundou a Poit Energia, uma companhia de aluguel de geradores que, em poucos anos, o colocou na lista dos empreendedores brasileiros de maior potencial. 

Em 2012, a empresa foi vendida para a britânica Aggreko por US$ 190 milhões, cerca de R$ 400 milhões no câmbio da época.

Para conferir a história completa desses e de outros empreendedores, ouça o podcast Do Zero ao Topo.​


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